
Por fim, o Nono Passo é o momento da transcendência, de saber-se uma extensão de Deus, onde se dá a dissolução dos egos, o desapego. O herói se torna o veículo de Deus e, portanto, serve de maneira desinteressada, realizando o sagrado ofício.
O grande desafio do Nono Passo é o apego aos egos, a sensação de matar a si próprio.
O buraco é a vaidade do seu sacrifício, o herói pensa que evolui, mas não sai do lugar, pois a dissolução do ego não é o seu enfraquecimento, mas a ampliação da consciência. Por isso é importante um ego integrado para que ele possa ser iluminado.
O caminho dos Nove Passos do Herói não é uma reta, mas uma espiral infinita que sutiliza. É interessante lembrar também que há níveis de realidade nos quais o tempo é uma ilusão, assim como a dualidade do início e do fim, e que, em essência, não existe chegada ao infinito.
Independente da consciência de cada um, todos somos a Eternidade; os desafios, estagnações e buracos de cada passo são tão importantes e providos de beleza quanto à plenitude e o movimento dos próximos passos, da mesma forma que o silêncio – aquela pausa – é fundamental na música.
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