Muito se fala sobre empoderamento feminino e cada vez mais mulheres buscam grupos de mulheres para se conectar ao Sagrado Feminino. Porém, por outro lado, o que será que está acontecendo com os homens? Fruto de uma pesquisa com mais de 40 mil pessoas, o documentário “O Silêncio dos Homens” traz olhares sobre as dores, qualidades, omissões e processos de mudança e transformação dos homens.
O Silêncio dos Homens na íntegra pra você – aperte o play e bom filme!
Um filme sobre o comportamento masculino
O “silêncio”, no título, traz um sentido amplo: é emocional, verbal, social, individual e ao mesmo tempo coletivo. O documentário volta o olhar para a rigidez psicológica dos homens. Um vulcão latente que pode entrar em erupção quando associada ao que a cultura predominante ensina e espera do comportamento masculino.
Se você é homem, convive com homens, é mãe ou pai de um deles, veja se reconhece alguns dos considerados “mandamentos da masculinidade“, como por exemplo:
- ser bem-sucedido profissionalmente
- não agir de modo que pareça feminino
- não levar desaforo pra casa
- dar em cima das mulheres sempre que houver oportunidade
- não expressar emoções
A maioria dos homens foi treinada sistemicamente para “sufocar o que sente, aguentar o tranco e peitar a vida, como machos”. O silêncio, observado entre eles, é uma consequência histórica e social, fruto de uma cultura herdada de geração em geração. Porém, essa maneira de existir e estar no mundo tem causado danos e efeitos colaterais para a sociedade, para as mulheres, para outros homens e para os próprios homens.
De acordo com o documentário, a partir do estudo feito sobre masculinidades, observou-se como esse silêncio está na raiz de vários outros problemas. Violência doméstica, ausência de mulheres em posições de poder na política e economia, assédio, altíssimas taxas de suicídio, homicídio, mortes no trabalho e encarceramento entre os próprios homens. Ou seja, este assunto é muito mais profundo e importante do que a gente imagina, não é?
O silêncio dos homens, este documentário não é superficial
Se você acha que este documentário é superficial, isto é tudo o que ele não é. Fiquei encantada com a qualidade da produção e a profundidade e o cuidado com qual o assunto foi abordado. E como diz o documentário:
“não é um movimento de homens virtuosos e bonzinhos, de caras desconstruídões sensíveis, muito menos de “novos homens”, é um movimento de homens comuns, como eu e você”.
O filme é um chamado para os homens abrirem os corações e se permitirem ter conversas sinceras com seus amigos, amigas, esposas, esposos, familiares, filhos e parceiros de trabalho. Assumir a responsabilidade, como homens, pelo criação e cultivo do futuro que desejam. Definitivamente, é um movimento de coragem, pois envolve dar espaço para a própria vulnerabilidade.
Como provoca Bell Hooks neste livro :
“o que foi e ainda é necessário é uma visão de masculinidade em que a autoestima e o autoamor da pessoa formem a base de sua identidade”.
Pelo que vemos nos números alarmantes trazidos no documentário, o autor consegue traduzir o que acredito ser a chave para uma mudança profunda na sociedade e em todas as nossas relações.
Tá acontecendo um movimento de transformação dos homens?
Para responder essa pergunta, o documentário conversou com homens por trás de inúmeras iniciativas, de diferentes regiões do país. Então tire suas próprias conclusões à respeito dessa pergunta, depois de assistir ao documentário completo e escreve nos comentários o que você achou!
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